Esta semana estive ao lado do Bill Bryson e da Joana Amaral Dias......
.....na prateleira da Fnac.
Aqui fica o link para o podcast da entrevista na Prova Oral:
Aqui fica o link para uma pequena entrevista sobre o livro dada à revista Novos Livros.
http://novoslivros.blogspot.com/2010/05/nuno-amado-diz-verdade-sobre-o-amor.html
O título deste post mais não é do que o comentário de Robert Doisneau sobre a famosa fotografia de sua autoria. Ao contrário do que muitos pensam, a fotografia não é espontânea, embora o casal fosse real. Doisneau abordou o par de namorados, que vira a beijar-se num café, e pediu-lhes para posarem para a sua câmera. Durante anos discutiu-se a identidade do casal até que Françoise Bornet se assumiu como a mulher da fotografia (processando Doisneau para obter uma parte dos lucros).
Mais tarde, em 2005, a mulher que um dia beijou de forma tão parisiense vendeu a cópia original da fotografia por cerca de 155 mil euros. Pôde então saciar a curiosidade dos jornalistas que queriam saber se este apaixonado casal ainda estaria junto, ou, em caso negativo, quanto tempo tinha durado a sua fotogénica relação.
Quanto tempo terá sido? Um beijo destes não anunciará uma relação longa e feliz?
De acordo com a senhora Bornet não só a relação durou apenas 9 meses como ela e o seu ex-namorado não mantiveram o contacto. E, no entanto, o seu beijo perpetua-se em posters pendurados em paredes por todo o mundo, t-shirts, postais, canecas e até mesmo em cortinas para o duche.
Estes franceses…..
A decisão de ter um filho é uma das mais importantes que podemos fazer. Alguns casais demoram anos a tomá-la, ponderando sobre quando será a altura ideal, se mais vale esperar que as taxas de juro baixem, que a promoção chegue, que já exista um ou dois primos para que o seu rebento não seja o mais velho da família ou mesmo que Portugal saia da crise.
Alguns dirão que tanta ponderação conduziu à descida da natalidade por (quase) toda a Europa. Em gabinetes, que imagino decorados com fotografias de bebés sorridentes, burocratas produzem relatórios cheios de medidas para aumentar o número de nascimentos. Sou capaz de ter uma solução para lhes oferecer: o futebol.
Nos finais de janeiro de este ano notou-se um aumento de 45% dos partos na Catalunha. Investigando a possível causa deste súbito aumento alguns médicos apontaram o golo de Andrés Iniesta, no último minuto do jogo contra o Chelsea, nas meias-finais da Liga dos Campeões, pouco tempo depois da goleada ao Real Madrid. Tal levou a que os bebés nascidos nesse período fossem apelidados de geração Iniesta.
Tendo em conta este efeito fertilizante que um simples golo pode ter, prevejo que seja possível que daqui a nove meses tenhamos uma geração de Cardozos (Benfica), ou, caso o improvável aconteça, de Meyongs (Braga).
Para quem acha que o mundo tem pessoas a mais, pode sempre consolar-se com o facto de que, graças ao treinador português do Inter de
Milão, não haverá um aumento de partos na Catalunha daqui a nove meses. Por essa região o Mourinho é o contraceptivo mais eficaz.