Existe amor à primeira vista?
“Se por amor à primeira vista se entende que basta ver outra pessoa para sentir uma espécie de vertigem, para sentir que a vida mudou, para sentir que é preciso fazer tudo para conquistar aquela pessoa... Claro que existe (sendo que costuma ser mais comum nos homens)! Naturalmente, se descobrimos que essa pessoa é uma psicopata, que tortura tartarugas ou que odeia os Beatles, esse amor pode ter uma vida muito curta.”
Os opostos atraem-se?
“Sim e não. Quando se trata de características que não são fundamentais para a relação, isto é, quando nos deparamos com comentários, como: “São tão diferentes! Ele adora o campo e ela é maluca pela praia!”... Esse contraste pode ser mais um aditivo para a atracção mútua. No caso de características centrais a uma relação amorosa, como a concepção de relação para ambos, como: “Ele adora relações abertas ela é conservadora e monógama”, ou o que pretendem do futuro: “Ele que ter oito filhos e ela quer ser um espírito livre e ir ressintonizar os chakras para os Himalaias”, esses opostos são mais um obstáculo que uma fonte de atracção”.
Como curar um coração partido?
“Se já é difícil dar receitas, então sintetizá-las numa resposta destas ainda o é mais! Mas vou tentar... Há que recordar, mesmo ampliar se necessário, as imperfeições e defeitos da relação e evitar pensar constantemente no que se perdeu. Para muitos, ajuda desabafar com familiares, amigos ou num diário.
O exercício, a luz solar e uma dieta equilibrada não fazem mal. Podemos também explorar interesses, caçar entusiasmos e envolvermo-nos em coisas novas.
Se a dor parecer inultrapassável pode ser aconselhável recorrer a um terapeuta.
E devemos lembrarmo-nos que o fim daquela relação não implica o fim do amor. Embora o INE não contenha esses dados, não duvido que todos os dias se apaixonem centenas ou milhares de pessoas em Portugal. E também não duvido que algumas destas acreditavam que isso já não lhes ia voltar a acontecer.”