20
Jun 11
publicado por Nuno Amado, às 08:31link do post | comentar | ver comentários (1)

"Deus é o lado fresco da almofada"

 

Cocteau


14
Jun 11
publicado por Nuno Amado, às 11:58link do post | comentar | ver comentários (1)

Vou falar sobre diferenças de altura entre casais na secção "conversas de café" do Programa da Conceição Lino, na SIC.


07
Jun 11
publicado por Nuno Amado, às 09:02link do post | comentar

Existem dois tipos de cristãos: os que o são porque pretendem ir para o paraíso e os que são cristãos porque pretendem que outros vão para o inferno.


06
Jun 11
publicado por Nuno Amado, às 10:37link do post | comentar

 

 

O efeito placebo é um dos mais famosos exemplos do poder da mente sobre o corpo. Um doente queixa-se de uma maleita, o médico receita-lhe um sofisticado medicamento. Alguns dias depois o paciente já sente melhoras e a diminuição dos sintomas. Contudo, o medicamento era apenas uma pastilha de açúcar. As “melhoras” são produzidas pela mente graças à crença no poder curativo do falso medicamento. Estudos mostram que o efeito placebo não só funciona com os comprimidos brancos, como tem melhores resultados se for receitado um medicamento azul com uma letra e melhores resultados ainda quando é receitada uma cápsula de duas cores. Mas, como em muitas telenovelas mexicanas, o efeito placebo tem um irmão gémeo malvado, que opera de forma oposta. Trata-se do efeito nocebo, através do qual as pessoas desenvolvem reacções negativas a tratamentos ou medicamentos, que na verdade não o são, apenas porque acreditam que lhes farão mal. Há quem morra de uma picada de cobra não venenosa, ou de um cancro que não existe como aconteceu a um infeliz americano na década de 70,quando lhe foi diagnosticado cancro do fígado e lhe foi anunciado que tinha apenas três meses de vida. Passados três meses morreu, tal como previsto pelos médicos, mas, quando foi realizada a autópsia verificou-se que o tumor era afinal benigno e não se havia espalhado.

 

Uma demonstração muito especial do efeito nocebo é o fenómeno conhecido como koro, que também pode ser denominado por shuk yang e suo yang, nomes que facilmente se transformariam em pratos de restaurante chinês; shuk yang de pato soa delicioso e suo yang de vegetais parece muito saudável. Com raízes culturais na Ásia, o Koro é uma maleita tão comum que tem direito a ter entrada no DSM, a bíblia do diagnóstico da patologia mental. Os seus sintomas são pouco simpáticos, pois referem-se a uma ansiedade extrema sentida pela possibilidade de que os genitais do sofredor estejam a diminuir, podendo mesmo desaparecer causando a morte. Existem algumas variedades: a da diminuição simples, a variedade que apelido de Wolverine, na qual os genitais estão a reentrar no corpo como se fossem garras retracteis, e a do roubo, na qual o sofredor acusa uma pessoa específica de lhe ter roubado o pénis (alguns dos sofredores chegam mesmo a baixar as calças em público para provar a acusação, e, quando verificam que afinal o pénis está lá, dizem que diminuiu, que não é o seu ou que se trata de um pénis fantasma).

Koro é uma expressão do calão da Malásia que chama ao pénis tartaruga. Imagino que alguns sofredores de koro vejam os seus pénis como tartarugas assustadas que tentam retirar-se para dentro da casca.

 

Embora mais comum na China, o koro tem-se manifestado também em vários países Africanos. Por vezes surgem mesmo epidemias de Koro. Em 2003, em Jartum no Sudão, começou a circular a ideia de que um aperto de mãos a um estrangeiro era suficiente para diminuir o tamanho do pénis. Multidões de homens possuídos pela suspeita de que os seus pénis estavam a diminuir procuraram ajuda médica. A situação foi tal que foi necessária a intervenção da polícia. Pergunto-me se não terá sido uma epidemia semelhante no Japão, muitos séculos antes, que terá estado na origem de realizar o cumprimento social não por aperto de mão mas por vénia. Recentemente, ocorreram também epidemias de koro na Nigéria e no Gana. Já há algumas décadas, uma epidemia em Singapura levou a que os hospitais se vissem, de repente, invadidos por homens sofrendo de koro. Para impedir que o pénis desaparecesse totalmente, muitos deles agarravam-nos com força sem largar ou recorriam mesmo a molas.

Existem alguns episódios de koro no mundo Ocidental. Nos Estados Unidos, os 3 casos encontrados têm algo em comum, todos os homens que se queixaram de que o seu pénis estava a diminuir fizeram-no depois de terem fumado cannabis.

 

Como sou generoso vou partilhar uma ideia para se enriquecer com facilidade. E que tal juntar os sofredores do koro com os autores dos e-mails “aumente o seu pénis”?


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